sábado, 23 de abril de 2011


Caminhos - Parte III
Um mês. Ela estava a um mês vindo ao mesmo local que tanto lhe fez mal, encontrar alguém que a fazia se sentir viva de novo. Passavam horas conversando, rindo de coisas toscas e observando os pássaros.
- Anne, porque você aceitou conversar comigo aquele primeiro dia?
- Você me trouxe boas vibrações...
- Nada mais?
- Ninguém nunca se importou de perguntar o porquê de eu estar chorando, somente você.
- Você já se recuperou?
- Do que?
- Dele.
- Sim... E foi você que me curou.
- E eu ganho algo com isso?
- Minha gratidão eterna???
- E se eu não quiser a gratidão?
- Eu não sei o que lhe oferecer em troca...
- Eu sei... – Ela estava nervosa, olhava para baixo e mexia nas mãos. Aquele frio na barriga que não sentia há tempos, as bochechas coradas e o medo. Ele sempre a acompanhava.
- O que?
- Você. – Ele levantou o rosto da garota, olhou em seus olhos e eles brilhavam. Ele também estava nervoso, mas queria isso. Aos poucos, ele foi chegando cada vez mais perto, misturando as respirações, aumentando a vontade e logo juntou seus lábios aos dela.

O primeiro beijo. Doce, calmo, como deveria ser.



P.S: Algumas pessoas vieram no msn me perguntar de onde estava surgindo tudo isso, então decidi vim explicar. A história é baseada em um livro antigo que li, que falava do amor que nascia aos poucos, que era conquistado pelo sorriso, pelo carinho... Dai sei lá, surgiu. =)
Ah outra coisa que queria pedir... Quanto aos comentários, ando recebendo alguns anônimos e gostaria muito que essas pessoas se identificassem, para que eu pudesse agradecer corretamente pela visita e o elogio. Acho que é isso, parte final já está no forno. Obrigada a todos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011


Caminhos - Parte II
O sol brilhava por entre as árvores e o vento batia leve em seu rosto. Ela sorria delicadamente esperando que ele chegasse. Enquanto isso observava os passarinhos brincando no lago. Eles voavam de um lado para outro, cantando sempre sem esperar nada, nem ninguém.
- Esperando alguém? - Alguém tampou seus olhos e um hálito fresco soprou em seu ouvido.
- Talvez... - Ela pegou nas mãos dele e aquele arrepio que não sentia há muito tempo voltou a percorrer pela sua nuca. Sem ela perceber, ele estava sentado ao seu lado, observando também os passarinhos.
- Hm... Por um instante, pensei que você estava me esperando.
- Talvez...
- Você é sempre assim?
- Como?
- Meio termo.
- Hm... Talvez. - Ela deu uma risada e ele também. Fazia tanto que ela não ria com aquela vontade.
- Normalmente eu sou mais direta, mas agora ainda estou procurando equilíbrio, então prefiro não dizer "sim" nem "não", um "talvez" basta.
- Você me parece melhor hoje.
- Estou me recuperando, afinal, a vida continua e quem perdeu foi ele. - Ela nunca desejou o mal de ninguém, mas ele machucou tanto os sentimentos dela, que ela queria que ele sofresse muito. Que ele encontrasse alguém tão ruim, como ele foi para ela. Ela tem esperança que um dia ele admita que a perdeu por sua própria culpa.
- E agora, alguém vai ter chance de te ganhar novamente?
- Quem sabe... Sim, isso foi um "talvez". - Ela olhou para ele, riu e encostou a cabeça em seu ombro. Nos seus olhos não tinham mais lágrimas. No seu coração, havia paz.


Ele a fez sofrer, a fez chorar e agora ela não ama mais ele.


Ela não o trocou por ninguém, apenas por ela mesma.

sábado, 16 de abril de 2011


Caminhos - Parte I

As folhas caiam lentamente. Ela estava sentada naquele mesmo banco em que eles brigaram a última vez. Fechava os olhos e uma lágrima lhe escapava pela face.

“Aonde estiver, espero que esteja feliz e encontre seu caminho...”

As pessoas iam passando por ali e a observavam chorar. Ela não ligava. Era seu momento, sua mágoa, sua dor. Pouco importava o que estava ao redor.

“Guarde o foi bom e jogue fora o que restou...”

Respirava fundo, fechava os olhos e se concentrava: é hora de crescer, acabou. Seriam essas as palavras que a encorajariam a seguir em frente. O sentimento ainda estava ali, ele se fazia presente em cada pensamento dela e ela não se esqueceria dele assim. Mas ela sabia o que era o melhor a se fazer. Ela sabia que era hora de arriscar, porque tudo o que estava acontecendo não fazia mais sentido, só causava dor.

“Tem horas que não dá pra esconder no olhar,
Como as coisas mudam e ficam pra trás,
O que era bom hoje não faz mais sentido.
É, uma hora isso ia acontecer.
A vida cobra e a gente tem que crescer.
Me pergunto se você pensa em mim como eu penso em você”

Ainda de olhos fechados, ela sente que alguém senta ao seu lado.
- Você precisa de ajuda? – Talvez sim, talvez não. Ela ficou quieta e continuou deixando as lágrimas escorrerem.
- Você não quer falar né?
- É um assunto que não me faz bem.
- Hm... Eu vi desde que você chegou, que você não para de chorar e nessas horas, um abraço faz bem. – Ela abriu os olhos. Do seu lado, um garoto moreno, olhos claros e alto a observava com um olhar de compaixão. Ela deu um meio sorriso e sem pensar duas vezes abraçou o garoto.
- Como você sabe? – Ela ainda estava abraçada a ele.
- Eu não sei. Eu só senti. – Ela o largou. Olhou em seus olhos e ao invés de lágrimas eles sorriram. Brilharam de esperança, de alívio. Será que um simples abraço teria curado tanta dor?
- Anne.
- Dave.
- Amanhã, no mesmo horário ok? – Ela levantou e foi embora sem nem olhar para trás, afinal não precisava, porque o abraço foi tão reconfortante que tudo dele estava presente no ambiente. Um abraço... Quem diria.


“Eu vejo a vida tem vários caminhos
E entre eles o destino improvisa,
Nos pequenos detalhes da vida,
A resposta está escondida”
NxZero - Aonde Estiver

terça-feira, 12 de abril de 2011

“Eu sei que nos amávamos, mas a distância pode fazer coisas estranhas com as pessoas.”
Nicholas Sparks

Lendo essas lindas palavras de Nicholas Sparks, posso compreender a verdadeira essência de seu significado.
Não compreendo como duas pessoas que se amam, optam  por viverem separadas. O amor  requer presença, zelo, e por mais que esse sentimento exista, a distância não pode dar o seu devido cuidado.
Conheço casais que por força maior permitiram a ausência constante, e deram espaço a saudade, depois a insegurança, as discussões por desconfianças ou porque simplesmente as conversas calorosas passaram a ser cada vez mais escassas. Até chegar o dia em que um dos dois percebeu que poderia viver sem o outro.  E nesse dia percebeu também que a saudade, já estava sob controle...
Quando isso acontece, a pessoa que admitiu que isso fosse possível enche-se de culpa, questiona-se e passa a acreditar que a vida talvez já não tenha o mesmo sentido.
Algumas pessoas mais experientes poderão até lhe dizer que a vida é assim mesmo, que logo encontrará alguém que fará o seu coração pulsar com mais intensidade. Os anos vão passando, algumas pessoas vão chegando e apenas algumas permanecem. Mas aquele vazio nenhuma consegue preencher, pois você sabe o lhe falta, o que faz toda a diferença e o que torna cada um único e essencial.
Com base nisso, eu compreendo que devemos aproveitar as oportunidades que nos surgem, mas que jamais devemos deixar aqueles que nos completam. Se realmente for o amor o sentimento que os unam, não permita que a distância os afaste.
Em um conversa com uma grande amiga sobre minha vida pessoal, ela se inspirou e escreveu esse texto. Obrigada a todos que tem me apoiado e me dado forças para seguir em frente.



Cuide bem do seu amor seja quem for - Os Paralamas do sucesso ♫


domingo, 3 de abril de 2011

Procurando em todos os lugares qualquer movimento que me mostre o quanto eu não estou vivendo na ilusão. Porque amar sozinha, é tão frio, tão negro...
Estou me recuperando bem do tombo. Eu sou forte e não é a primeira vez que passo por isso. A diferença é que tudo foi mais intenso, mais marcante. Pelo menos para mim.
O jeito que encontrei? INOVAR!


Um corte novo, uma cor nova, amigos novos e mais. Mais leveza, mais calma, mais paz, mais liberdade.
Eu to aproveitando cada momento, mais dona de mim, mais auto confiante e confesso, fez uma diferença incrivel. Não me sinto mais a patinho feio, e to conquistando um pessoal legal.
Vai ver, era isso que estava faltando. Uma mudança física, que transformaria a alma e o coração.

Leve, livre e solta, deixando que o tempo organize as coisas, porque isso é função dele.
(a minha, é aturar os pacientes!)