quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Anita passou o dia com uma sensação estranha. Não sabia se era boa ou ruim, mas era algo que estava tirando sua concentração. As horas do dia passaram se arrastando, como todas as outras vezes. O calor deixava seus pensamentos lentos e nada do que lhe falavam era processado.

Haviam se passado alguns dias e a cada dia, no lugar de se anestesiar na dor, a ferida se abria mais. Cada canto do seu quarto lembrava ele. Os cremes, os perfumes, as roupas, as anotações no caderno, as conversas no computador, as cartas, as fotos... Tudo, absolutamente tudo tinha ele.
Mas ele precisava se reencontrar, precisava descobrir se ainda sentia algo por ela.
E ela ia levando, simplesmente por levar.
No coração, sempre tinha uma esperança. Enquanto dormia, sempre tinha uma sonho bom.
E era isso que ainda a fazia sorrir quando lembrava dele.

- Graças a Deus, a aula acabou! - Anita colocou seus cadernos dentro da mochila e saiu da sala. Aquela maldita sensação ainda estava com ela, e cada segundo a irritava mais. Ela desceu as escadas devagar e foi seguindo seu caminho. Lá, no fundo do estacionamento tinha um carro. E ela conhecia bem aquele carro. Aquela sensação, aquele medo, aquela ansiedade pulsavam dentro de suas veias como se fossem explodir, até que ela ouviu...
- Anita...  - Ali estava ele, atrás dela. Ali estava ele, com aquela camisa branca, aquele cabelo jogado ao vento e aquele sorriso que ela tanto amava. Num súbito, ela viu suas coisas cairem no chão e se jogou em seus braços. Não importava, aquele era o melhor abraço do mundo.
Ele olhou nos olhos dela e disse: Volta para mim?
Com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos, ela não precisou dizer mais nada. Eles entraram no carro e ja tinham destino marcado.
Aquele corpo... Ah como ela sentira falta de percorrer as mãos pelos seus braços, tórax e abdomen. Como ela sentira falta da respiração em seu pescoço, que a fazia arrepiar dos pés a cabeça.
Como ela gostava daquele jeito moleque, que brincava com seus instintos.
Como ela sentira falta dele, de senti-lo perto...
Ja era tarde, mas eles não tinham pressa. Estavam ali, abraçados um ao outro, recuperando tudo aquilo que perderam.
- Anita, nesse tempo que nós ficamos longe... - Ela colocou os dedos em seus lábios.
- Não diga nada. Não precisa dizer. O que passou, já passou, não volta. O que esta por vir é mais importante. Vamos nos permitir viver essa chance, vamos nos permitir ser um só novamente. Vamos viver tudo aquilo que ainda não vivemos.
Ela deitou novamente em  seu colo. Respirava aliviada. A sensação estranha tinha passado, e agora ela tinha paz em seu coração e uma vontade enorme de ser feliz.


"Ser feliz é ser capaz de dizer 'eu errei',
é ter sensibilidade para falar 'eu preciso de você',
 é ter ousadia para dizer 'eu te amo'."
O Futuro da Humanidade - Augusto cury

3 comentários:

Gabriela Freitas disse...

Lindo Ju, seus contos estão ótimos.
Ps: Não, eu não sumi do blog, nem estou pensando em fazer isso, mas como já disse algumas vezes este é ano de vestibular e eu sei que vai ser difícil, por isso já estou me preparando e estar aqui presente todos os dias tem ficado cada vez mais difícil. Espero que entenda. Saudades de todos os blogs que eu tanto amo ler. Não me esqueçam. rs

Unknown disse...

nossa que forte esse conto gostei muito viu é bem no mundo adolescente ... mas que conta uma lição que levamos para toda vida não importa a da idade, precisamos refletir nessa coisas

amei a citação do final Augusto Cure amoooooooooooooo
Tenha um ótimo final de semana viu

http://diariodeumcoracaoencantado.blogspot.com.br/

Unknown disse...

assim sou sim Cristã, já faz 5 anos que trilho esse caminho maravilhoso! ...
Sou batista ! vc tbm cristã é né? de que igreja vc é? tem facebook?