segunda-feira, 27 de agosto de 2012


Parte VI

- Eu tinha certeza que iria te encontrar aqui! - Mari conhecia bem aquela voz.
- Desculpa Clarice, precisava pensar...
- Pensar no que Mari?
- Acho que não devo ir a esse baile... Sei que o Jean estará lá e bom, ele nem ao menos respondeu minha mensagem.
- Mari, lembra do que o Alan te disse? - Clarice sentou ao lado da amiga. - Levanta a cabeça e vamos sim. Quem sabe, é nesse baile que as coisas vão se acertar.
- Não me dê esperanças Cla...
- Não estou dando esperança, estou apenas dizendo que as coisas mudam o tempo todo e ficar em casa chorando não vai resolver nada. - O celular de Clarice começou a tocar. 
- Oi Alan! Já encontrei ela... Uhum... Sim, sim. Ela está bem... Ok chero, até mais tarde. - Clarice desligou o telefone e viu Mari com um olhar perdido.
- O que mais está passando nessa cabecinha oca Mariane?
- A gente viveu tantos momentos aqui nesse lugar... Esse banco... A gente sempre sentava aqui e ficávamos falando do futuro, dos medos e dando risadas. Essa praça era nosso lugar sabe Clarice - Ela fechou os olhos e sorriu. - Eu venho aqui todos os dias, só para poder sorrir. Me traz paz, sei lá...
- Ah minha querida, guarde tudo o que você viveu de bom. Guarde com carinho e tenha paciência. As coisas vão se ajeitar. - Clarice abraçou a amiga e as duas deixaram lágrimas escorrer. - Agora chega de chorar! Vamos que o Alan está preocupado e eu ainda tenho que te arrumar para hoje a noite.
- Ai, ai vocês dois! Vamos então. - As duas sairam dali e foram para a casa de Mari. Alan já estava no portão esperando as duas impaciente.
- MARIANE,  QUANDO VOCÊ SUMIR OUTRA VEZ, EU JURO QUE VOU TE SOCAR!
- ALAN, vamos comer! - Todos riram da cara que a garota fez e entraram para comer alguma coisa.
- Clarice, você deveria abrir uma barraquinha dessas coisas naturais! Sério, esse teu sanduíche... fica... muito... bom!- Alan falava a cada mordida.
- E você deveria fazer aulas de boa educação e saber que não se fala de boca cheia.
- Vocês dois podem parar de se alfinetar?! - Mariane tinha sempre que impedir ou os dois começavam uma discussão. Era engraçado, por mais que rolassem esses atritos, era tudo na brincadeira.
- Ok, ok. Agora vai tomar banho que eu vou pegar as coisas de maquiagem no carro. - Clarice tinha um tom autoritário as vezes.
- Tudo bem mãe, você que manda. - Mariane fez um "sentido" e subiu para seu quarto tomar banho. Sentia a água cair sobre sua pele, como se estivesse fazendo carinho. Fechava os olhos e vários flashbacks passavam em sua mente.

"- A conta de luz e água vai vir alta esse mês...
- Quieto Jean, preciso do meu banho de beleza!
- Mas já é o terceiro hoje!
- Que culpa eu tenho se você me sujou de chocolate?
- Faz bem para a pele... - Jean fez cara de malicioso e mordeu o lábio inferior. Mariane abriu a porta do box e jogou água nele.
- Ah, sua... sua... - Ele procurava o que falar.
- Sua...? - Agora era Mariane que sorria maliciosamente, provocando o garoto para ter uma resposta.
- Sua linda! - Ele entrou no box de roupa e tudo e os dois começaram um longo beijo. As mãos de Jean passavam sobre as costas da garota e iam descendo devagar..."

- MARIANE! MORREU NO CHUVEIRO? - Clarice bateu na porta e fez a garota abrir os olhos e despertar para a realidade, deixando de lado sua linda lembrança. Desligou o chuveiro, e respirou fundo. Uma sensação estranha rondava sua mente, ela só não sabia definir se era boa ou ruim. Saiu do banheiro e deu de cara com a amiga.
- Se você fosse uma noiva, o noivo já teria desistido.
- Nem demorei tanto assim Cla.
- Capaz, só 40 minutos! - Clarice sabia ser irônica sempre.
- Vai fazer a maquiagem ou não?
- E eu dou bolo em alguém?! - As duas riram e Clarice começou a arrumar amiga. Algum tempo depois, ela estava pronta. Um friozinho na barriga, a sensação estranha ainda rondando, mas ela não iria deixar de ir. Clarice estava certa, ela precisava levantar a cabeça porque tudo muda o tempo todo, e ela tinha que seguir seu coração.

"Que é Deus, que te faz entender toda poesia
Que torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz
Apenas atenda quem chama
E peça que nesta noite Ele te toque
E cure todas suas feridas
E vele o sono e espere acordar
Amanhã será um novo dia"
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Dudes, história quase chegando no fim. Muito abrigada pelos comentários e emails! Qualquer coisa, twitter @souza_juu

terça-feira, 14 de agosto de 2012


Parte V

- Mas porque você está assim triste?
- Porque eu não gostei da forma como as coisas acabaram...
- Mari, tem tanta coisa nessa vida que ainda está por vir que a gente não vai gostar.
- Eu sei Alan, mas realmente me incomoda o fato de esbarrar nele a qualquer momento e sei la... Travar eu acho.
- Te entendo... Mas você também não procurou ele, você também tem culpa nisso.
- Obrigada por fazer eu me sentir melhor...
- Sou seu amigo, e amigos são sinceros... - Mari deu um meio sorriso.
Era sexta e ela, Alan e Clarice tinham ido a um barzinho para conversar. Muitas lembranças da infância, muitas risadas e muitas coisas novas também, afinal eles ficaram separados por um bom tempo.
- Alan, além da Cla claro, você é a única pessoa em quem confio para pedir conselhos... O que eu devo fazer?
- Seguir seu coração.
- E se eu fracassar?
- O que você entende por fracassar?
- Ele não querer falar comigo... - Ela abaixou a cabeça e algumas memórias vieram a sua mente e junto com elas, uma pequena lágrima.
- Hey, hey... - Ele secou a lágrima que escorreu pela face da garota. - Se isso acontecer, você sabe o que significa e só provará que seu valor é muito maior.
Mari lembrou que sempre que ela estava brincando e se machucava, era Alan que cuidava de seus arranhões. Agora, o machucado não era externo, mas mesmo assim sangrava e era ele que estava ali cuidando novamente.
- Bom, está entregue senhorita. - Alan fez sinal de reverência.
- Obrigada por me acompanhar.
- Sempre que precisar. Teu coração saberá o que fazer, confio em você. - Mari deu um abraço apertado no amigo e os dois se despediram. Em seu quarto, ela abriu a janela e sentiu a brisa fazer carinho em seu rosto. Fechou os olhos por alguns segundos e escutou seu coração.

"Oi. Sei que ja faz muito tempo, mas agora que as coisas estão mais calmas eu gostaria de conversar com você... Será que podemos marcar? Isso se você quiser, claro. Abraços."
Escreveu a mensagem, leu e re-leu várias vezes. Respirou fundo e apertou "enviar".


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Dudes! Obrigada pelos comentários e pelo carinho de vocês! Espero que estejam curtindo.
Um beijo,

Jú. @souza_juu

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Parte IV

"E ele estava tão lindo..."
Toc toc toc.
"E seus olhares se cruzaram pela primeira vez depois de tanto tempo..."
Toc toc toc.
"E..."
TOC TOC TOC.

- Mari, abre! - Batidas, malditas batidas. Era sábado! Ela queria dormir um pouco mais... E continuar seu sonho também.
- Mariane, como sua amiga ordeno que abra essa porta agora! - Mari ainda estava sonolenta, mas ja reconheceu quem era. Devagar, ela foi até a porta e destrancou.
- Bom dia querida amiga!
- É sábado Clarice, será que posso dormir até mais tarde pelo menos hoje?
- Você acorda com um humor radiante sabia?
- Eu acordaria com um humor radiante se fosse 10h da manhã nesse momento, e são... 7:30???? Você quer morrer né Cla?
- Isso, 7:30! Arrume-se, tome café e nós vamos as compras.
- O que?
- É, compras! O baile é semana que vem e você precisa de um vestido novo. - Mariane se jogou na cama e se enrolou nas cobertas novamente.
- Não vou no baile.
- Vai sim!
- Não vou!
- Vai sim, porque não quero ir sozinha e é a formatura da sua amiga.
- Clarice, não vou ao baile.
- Se eu fosse tua colega eu diria "ok". Mas como eu sou tua amiga eu vou abrir essas cortinas, puxar teus cobertores e te espero lá na cozinha com um café bem quentinho.
- Você não se atreveria... - Em minutos, Clarice abriu as cortinas e puxou o cobertor da amiga que ficou brigando por ele.
- Grrrr! Você é uma peste Clarice Alves!
- E você continua radiante com seu humor. Te espero na cozinha. - A contra gosto, a garota levantou da cama e pela primeira vez parou para se olhar na frente do espelho. Seu cabelo precisava de um corte, sua pele estava sem brilho, seu peso havia diminuído muito. Ela estava horrível.
Depois do café, as duas amigas seguiram para o shopping. Engraçado, era que, por mais que ela tivesse acordado de péssimo humor, ela estava se sentindo bem agora.
- Cla, se eu vou nesse baile... Não posso ir assim...
- Assim como? De calça jeans?
- Ai Clarice, as vezes você é lerda demais. Assim, com esse cabelo, com essas unhas, com essa pele!
- E você acha que te trouxe aqui só para comprar vestido? Parece até que você não me conhece. - Mari realmente tinha esquecido o quanto a amiga era detalhista.
- Ok, começamos por onde?
- Cabelo, com certeza. Ele esta terrível!
- Não precisa ser tão sincera. - E as duas riram. Fazia muito tempo que Mari não fazia isso. Comprar, sair para se arrumar, se cuidar. O tempo passou e ela esqueceu de cuidar de si mesma. Só estava pensando nos erros, nas mágoas, na dor, que esqueceu de procurar melhorar, de procurar a felicidade de novo nas pequenas coisas. Isso fez um sorriso brotar em seu rosto.
Duas horas se passaram desde que as duas amigas estavam ali. Cabelo, unha, depilação e literalmente um guarda roupa novo.
- Putz, preciso ir no banheiro!
- Ai Clarice, sua maria mijona! Não faz meia hora que você foi, mas vai lá. Enquanto isso vou comprar um milk shake.
- Ok, te encontro ali depois. - Mari estava feliz. Depois de tanto tempo, ela conseguiu sorrir com sinceridade. Tinha adorado passar a manhã mudando o guarda roupa, se cuidando. Desde todos os incidentes, ela tinha se largado, se esquecido. Mas viu que as coisas não deveriam ser assim. Algo ainda a incomodava, mas acreditava que com o tempo as coisas se resolveriam.
- Oi.. Por favor, eu quero um milk shake médio de morango. - Era seu sabor favorito. E foi quando uma sensação esquisita tomou seu coração.
- Pelo jeito morango continua sendo seu favorito... - Essa voz... Ela conhecia essa voz. E virando-se, ela viu a unica pessoa que não esperava encontrar mais na cidade.
- Alan???
- sou inesquecível, eu sei. - O garoto falou tirando onda com Mari.
- Meu Deus, quanto tempo moleque! Por onde você anda?
- Então, depois que sai da cidade perdi contato com quase todo mundo, inclusive com você. Morar fora do país não é muito fácil.
- Eu imagino... Mas email, carta, telefone? Você foi embora há 3 anos e eu te mandei vários emails. No início, você respondeu, mas depois sumiu... - Mari ficou triste, lembrando de como as coisas tinham acontecido. Alan era seu melhor amigo desde a infância. Terminaram o ensino médio e o garoto foi morar fora do país com seus pais. Prometeram continuar se falando, nunca acabar com a amizade que tinham desde pequenos, mas ele parou de respondê-la um mês depois que foi embora.
- Poisé, muitas coisas me impediram de entrar em contato Mari. Terei tempo para te contar tudo.
- Você vai voltar a morar aqui na cidade?
- Não. Vou morar na cidade vizinha, já que meu trabalho é lá. Mas meus pais voltaram para cá, vou estar sempre por aqui agora.
- Poxa, que legal! - Antes mesmo de Mari iniciar outra frase, Clarice apareceu.
- Menino! - A alegria de Clarice era notável. Por ser um pouco mais velha, Clarice que acompanhou tudo o que aconteceu na vida dos dois. As famílias eram muito amigas, e ela era como se fosse uma grande conselheira dos amigos.
- Clarice, que saudade de você!
- Saudade nada... Você sumiu! - Clarice fez cara de desdém e Mari olhou assustada, se esquecendo o quanto a amiga era sincera.
- Não quer dizer que não estava com saudade...
- Se tivesse com saudade você nos procuraria.
- Gente, sem brigas. - Mari precisou interromper ou a discussão ia durar uns minutos e os três se olharam e deram risadas.
- Tudo bem. Ai, temos tanta coisa para conversar! Mas agora não da tempo, tenho que ir pra casa cuidar da Noah.
- Noah? - Alan não lembrava de ninguém com esse nome.
- Annnn, longa história Alan. Mas você vai adorá-la! Ela é linda! - Clarice sempre sorria quando lembrava da filha.
- Er, tudo bem então. Nos encontramos amanhã a noite?
- Sim, nosso endereço é o mesmo. Passa para me pegar que a Mari vai estar lá em casa.
- Tudo bem então. - Os três amigos se despediram com um longo abraço. Indo para casa, Mari e Clarice foram conversando sobre a infância dos três e as muitas e muitas coisas que aprontaram. Mari desceu do carro e foi para o seu quarto. Colocou as sacolas no chão e olhou ao redor. E depois de tanto tempo, ela mesma abriu as cortinas, sentindo a luz do sol tocar sua face. E aquela sensação de esperança que ela tanto queria, voltou a reinar em seu coração. Esperança de perdão, esperança de sorrir, esperança de amadurecer, a simples esperança de viver incondicionalmente.

Entregue-se hoje, viva! Cative as pessoas ao seu redor, para que elas voltem e façam parte do seu jardim. Não deixe de lado quem sempre esteve te apoiando. Não troque pessoas eternas por compromissos rápidos e duvidosos. Não seja duro de coração. Não planeje os passos. Seja mais leve, deixe o vento levar, deixa que os caminhos se cruzam. Deus escreve as coisas e deixa-as acontecer no momento correto. Apenas tenha fé. Fé!


Hey leitores! Capítulo longo, eu sei, eu sei! Mas precisava que fosse assim. Espero que estejam gostando, de coração.

Abraços,




domingo, 22 de julho de 2012


Parte III

Já havia se passado dois meses. Ela não o procurou, e ele também não a procurou.
Os dias iam passando lentamente, com a dor anestesiando seu peito e fazendo-a perder a esperança de poder sorrir novamente. E cada passo, cada coisinha do dia a dia fazia ela lembra-se dele. Daquele sorriso, daquele abraço, daquelas brincadeiras que só eles entendiam, enfim, de tudo. E cada lembrança fazia seu peito se rasgar, em uma dor insuportável, juntamente com um grito estupidamente mudo.

"Mais um dia e eu aqui escrevendo da minha dor. Na verdade, eu nem sei mais se é possível descrevê-la. Tudo o que se passa a minha volta, apenas passa. Não me faz sorrir, não me faz ter reação, não me toca. Estou estática, e chego a pensar que meu coração parou de bater. Algum dia voltarei a me apaixonar de novo? Terei alguém para me abraçar quando eu simplesmente estiver de tpm e quiser chorar só por chorar? Será? E só você Deus, que tem compreendido tudo o que vem passando dentro da minha alma e tem me ancorado em todos os momentos. Obrigada, muito obrigada!"

Ela fechou seu caderno e colocou-o no criado mudo. Apagou a luz e ficou ali, pensando. Até o sono era difícil de aparecer. Lembranças, muitas lembranças vinham a sua mente. O que tanto precisava mudar? Ela não entendia porque duas pessoas que se gostavam não conseguiam ficar juntas! Nos seus sonhos, quando duas pessoas se amavam, elas superavam todas as dores e problemas. Mas isso era somente em seus sonhos... A vida real não era assim. E dai ela se perguntava o porque dos sonhos, já que eles são totalmente o inverso da realidade. E assim, a esperança ia ficando longe, longe e mais longe. E de tanto se perguntar, Mari adormecia com a mesma sensação de vazio que ia deitar.

"Lembranças são sempre bem vindas. São sempre aprendizados."



P.S: Hey dudes! Estou fazendo a parte 4 ainda e algumas surpresas ainda vão acontecer na vida da Mari. Espero que estejam gostando! E só para lembrar que qualquer coisa me encontram no email ou no tt @souza_juu. Beijos

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Parte II

Ela passou o dia todo na cama. Não tinha vontade de nada, nem de comer, nem de sair, nem mesmo de dormir. Duas batidas na porta.
- Posso entrar?
- Pode.
- Como você está?
- Excelente - e deu um sorriso forçado.
- Ainda por cima é péssima para mentir.
- Nem sou... 
Mariane respirou fundo.
- Então, o que te traz aqui?
- Vim abrir as janelas do teu quarto!
- Clarice! Não faça isso!!! - Em segundos, a menina foi até a janela e abriu a cortina. Um sol lindo brilhava lá fora, e suas retinas doeram com tanta claridade. Mas isso não a animava nem um pouco.
- Olha, luz!
- Ah, não diga?! 
- Você está com um humor péssimo Mari!
- Hm... - A garota só baixou a cabeça.
- Vem cá, me conta o que aconteceu...
- Não.
- Sou sua amiga, estou aqui para te escutar, me conta.
- Eu cometo erros.
- Todo mundo comete.
- Mas esse não tem volta.
- Erros não tem volta.
- Não! Não tem volta ele!
- Será?!
- Eu magoei demais ele...
- Entendo...
A luz do sol batia de leve em seu rosto. Uma lágrima caiu.
- Não chore. Você tem que orar agora.
- Faço isso a cada segundo que passo trancada aqui.
- Vocês deveriam conversar.
- Ele precisa pensar.
- Depois que ele pensar...
- É... Mas ainda assim, ele deixou claro que está muito magoado comigo.
- Ele gosta de você?
- Gosta.
- Então.
- O que?
- Ele vai pensar, se aquieta. Enquanto isso você continua orando, pedindo perdão e uma chance para Deus.
- Eu vou mudar?
- Você já não evoluiu até aqui?
- Sim...
- É questão de tempo Mari. As coisas mudam com o tempo, e foi com ele que você foi mudando. Não somos perfeitos! Lembra quando eu sai escondida? E detalhe, engravidei da Noah. Meu pai, minha mãe e minha família, juraram nunca me perdoar. Eles esfriaram a cabeça, pensaram melhor e viram que não foi por mal, que foi um erro e que o que eu mais precisava no momento era apoio. 
- Família é diferente.
- Não é não. Família também se magoa, família também tem amor. O que é diferente?
- Ah sei la. Só estou... - As lágrimas vieram de vez e ela não conseguiu mais conter seu choro.
- Chore, alivia... E você precisa disso.
- Eu preciso de uma oportunidade.
- E você terá!
O sol já estava se pondo, o frio começou a entrar pela janela.
- Errei muito Clarice, mas também acertei muito. Não seria justo deixar um amor ir, sem que eu tenha a chance...
- Shiiiu. Eu sei tudo o que se passa no teu coração. Você terá. Você é especial Mari, você tem um coração grande e bom, você erra, mas sempre faz de tudo para recuperar isso, você é leal e acredita demais nas pessoas. Você aprende com o tempo, porque isso se aprende assim. É o tempo que vem mostrar o quanto estamos crescendo, amadurecendo e o quanto errar faz parte do aprendizado. Por mais que as coisas deem errado, é assim que se cresce. 
- Ainda dói...
- Vai doer. Seu erro está pesado em seu coração, porque nem você mesma se perdoou ainda. E você precisa primeiro disso. Se perdoe. Depois peça perdão a Deus. 
- Não quero sofrer... Já me doeu tanto Cla...
- Acalme-se Mari...  Se você já pediu perdão, já fez sua parte, e isso é muito importante. Ele precisa pensar, acalmar o coração e colocar na balança. Ver se realmente vale a pena uma segunda chance. Quando ele enxergar isso, ele te procura. Enquanto isso, mantenha-se calma, em oração.
- Obrigada Clarice. Me vejo tão desesperada trancada aqui. Eu estou procurando forças, porque eu tenho que mudar meus erros.
- E você vai. Confio em você. - Clarice abriu um sorriso e abraçou a amiga. Sentia um aperto no coração por ela, mas sabia que as coisas iam melhorar, confiava no potencial da amiga.
O sol se pôs e elas ficaram ali abraçadas, até que Mari pegou no sono e adormeceu. Clarice fechou a cortina e saiu do quarto fechando a porta. Milhares de flashes se passaram em sua cabeça de quando ela errou. Parecia que não tinha fim os dias, ela esperando um perdão, uma resposta, uma luz. Quando todas as portas haviam se fechado, alguém a abraçou e disse que ela merecia perdão.
Ela sorriu e saiu da casa.

"Errar é tão humano. Aprender com os erros, muito mais."



"Não ver você, não tem explicação
É caminhar pela escuridão
Ficar afim e não poder falar
Querer o sim e não se acostumar
Com a solidão, o medo de amar
Estranho vazio no seu olhar
Eu tento achar em algum lugar
O amor que você deixou pra trás"

Vem pra cá- Papas da Lingua ♫


P.S: Ah, para avisar que estou sem face.. Então contatos pelo twitter @souza_juu

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Parte I

"Essa chuva, esse céu nublado, só me deixa mais sem esperanças.
E é aquela frase: você pode ter um milhão de acertos, mas somente 1 erro seu pode acabar tudo.
E quanto mais os dias passam, mais oro.


Mas esse céu só me faz lembrar que estou para ficar mais velha, que novamente meu dia vai ser cinza e que novamente vou chorar todas as noites. E eu não quero isso. Deus, você que está lendo isso agora, sabe tudo o que se passa em meu coração, e com tamanha a lealdade que tenho a Ti, mais uma vez eu peço perdão."

Mari colocou o caderno no criado mudo e ficou ali deitada, deixando as lágrimas escorrerem, enquanto pedia baixinho para Deus uma nova oportunidade. Ela sabia que não era perfeita, que cometia muito erros. Mas sabia também que tinha muitos acertos, e queria acertar mais. Ela só queria acertar mais.


"All the things left undiscovered
Leave me waiting and left to wonder
I need you"

                        


sexta-feira, 20 de abril de 2012


Ela: - Eu vou encontrar meu encaixe?
Ele: - Claro que vai!
Ela: - Quando?
Ele: - É só olhar pro lado...
Ela: - Você é o oposto de mim.
Ele: - Por isso que te completo.

-

Então fica, assim... assim.
A gente tem problemas, a gente tem defeitos, a gente é gente.
Mas a gente reconquista o que perdeu, floresce o que morreu e cuida do jardim, assim... assim.
Me abraça, me da um beijo na testa, diz que vai me proteger.
As pessoas são tão frias.
E é só aqui, pertinho do teu peito que eu sinto calor.
Brilha de novo, vem colorir meu sorriso, vem me fazer dançar.
Assim, assim.
Jú Souza

terça-feira, 20 de março de 2012


Muitas pessoas vem conversar comigo me perguntando o que é o amor, perante Deus, perante nós mesmos.
E eu lembro de uma frase da Martha Medeiros que diz:
"Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. 

O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser." 

E essa é a mais pura verdade. No amor, ninguém é perfeito para ninguém. As pessoas se completam: tanto com qualidades, quanto com defeitos. Quando um está estressado, o outro tenta acalmar. Quando um está triste, o outro tenta animar. Quando um quer ficar sozinho ou mesmo quieto, sem conversar, o outro respeita.
Todas as pessoas tem momentos de raiva, de calma, de instrospecção, de mudanças, de felicidade, de espontaneidade... E o amor é o completar a outra pessoa da forma inversa. Não quer dizer que, quando você esta estressado e a outra pessoa também não possa estar, ou mesmo, quando você esta feliz a outra pessoa tenha que estar feliz. O ser humano é muito inconstante, e é ai que entra o amor: apesar de todos os defeitos, todos os humores, todas os silêncios e brigas, ele prevalece.
E tem aqueles que me dizem "Mas Jú, não é o mesmo sentimento do início..."
E nem vai ser.
No ínicio, a paixão é forte, tem o frio na barriga, tem a ansiedade, a vontade de ver toda hora, aproveitar cada segundo, intenso, totalmente intenso. Mas uma hora a paixão acaba. E é ai que entra o amor. Um sentimento mais ameno, mais calmo e tranquilo, onde a convivência é o ponto chave: uma mensagem de bom dia, os planos pro futuro, uma ligação só para contar do novo corte de cabelo... O amor é quando a gente precisa de alguém para conversar, compartilhar os problemas, dividir os medos, compartilhar as risadas em família e entre amigos e saber que independente do que aconteça, essa pessoa vai estar do seu lado.
E como ser humano, eu ainda erro. Mas eu sei onde eu erro, e a cada dia eu faço o possível para acertar, para fazer alguém feliz. Porque o amor também é isso, é fazer alguém feliz.
E eu me lembro de mais uma frase, dessa vez, da Bíblia:
"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Quem disse que o amor era perfeito, realmente nunca amou.
No amor tem dor? Tem.
No amor tem medo? Tem.
No amor tem crises? Claro que tem.
Somos seres humanos, erramos, temos falhas. As vezes é dificil aprender, mudar ou mesmo aceitar os erros dos outros e perdoar, mas se é amor, tudo que é bom prevalece.
Pode ter tempestades, pode esfriar por um tempo, as palavras podem ser escassas ou duras, mas se é amor, ele crê que tudo vai dar certo.
O amor é um aprendizado: duas pessoas diferentes, unindo vidas diferentes, aceitando os defeitos, exaltando as qualidades, aprendendo a conviver, mudando e transformando a forma de agir, sem deixar de ser real.
As vezes, parece até que cansa, que desgasta, que já não é mais, que nunca foi.
Mas no fundo, quando a gente lembra de tudo o que viveu e dá aquele sorriso bobo, a gente sabe: é amor.
"Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo o que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas só o seu amor consegue ser do jeito que ele é."
 Martha Medeiros
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
1 Coríntios 13:4
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
1 Coríntios 13:4
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
1 Coríntios 13:4
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7

segunda-feira, 5 de março de 2012

Estou recarregando as energias.
Estou perdendo mais o meu medo.
Estou me olhando no espelho e vendo o que realmente sou: uma garota bonita, de bom coração, que tem como objetivo agradar a Deus.
Voltei a me arrumar, voltei a sorrir, mesmo em meio a tantas dificuldades.
Aprendi que na transformação existem 3 principais ingredientes: Jesus, dificuldades e obediência.
E eu decidi me transformar. Decidi plantar amor e colher amor.



Eu decidi algo simples: viver.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012



"Mas se ainda existir dentro de você alguma esperança, eu preciso demais que você me abrace e me faça sentir aquilo novamente. É fácil, basta você querer, eu ainda quero tanto."
Tati Bernardi